terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

VIDA NO OLIMPO

   Os novos poderosos trataram de dividir os butins da guerra. Zeus tornou-se, é claro, o ''chefe do pedaço'', o deus supremo, que comandava o céu e os trovões. Posêidon virou senhor dos oceanos, e o último irmão homem, Hades, mandava no mundo dos mortos. As irmãs Héstia e Deméter ficaram com a Terra, mantendo a tradição feminina que vem de Gaia quando se trata desse assunto. E Hera? Ela não ficou com nenhum reino. Mas se casou com Zeus. A morada escolhida foi a montanha mais alta do mundo, o monte Olimpo. Para se alimentar, mel e ambrosia, o mais doce dos doces.
   A vida no Olimpo não era nem um pouco parecida com o céu católico, repleto de santos e marcado pela bondade e pela virtude. Zeus encarnava os arquétipos da paixão, do poder e do julgamento. Só ele era capaz de controlar uma família rebelde e irresponsável como aquela. Ai de quem desafiasse suas leis, pois poderia levar uma descarga de seu raio. Mas a liderança não o tornava um modelo de comportamento. Zeus era um deus namoradeiro. Não hesitava em se metarfosear no que fosse para conquistar um novo amor. Ele conquistou Europa, por exemplo, na pele de um touro ( do relacionamento nasceram Sarpedon, que lutou em Tróia, e Minos, rei de Creta e dono do Minotauro). A princesa de Esparta, Leda, foi seduzida pelo deus na forma de um ganso ( um dos filhos da dupla era ninguém mais que Helena de Tróia, a mulher mais bela de seu tempo). Quando a forma de bicho não servia, ele usava outros truques. Se encontrava com amantes na prisão virando chuva de ouro. Para Alcmena, ele apareceu como se fosse o marido da moça. Da relação com Leto, nasceram os gêmeos Artémis ( a deusa das amazonas) e Apolo ( deus do sol).(continua)

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